SAUDE DA MULHER !

 

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MITOS   E VERDADES SOBRE TERAPIAS HORMONAL

 

 

Terapia de reposição hormonal após a menopausa traz riscos à saúde? A maioria das pacientes que chega ao consultório da ginecologista Eliana Aguiar Petri Nahas, professora-doutora do Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu-Unesp (Universidade Estadual Paulista), apresenta dúvidas como essa. Mas as crenças relacionadas ao tratamento condizem com a realidade? O que é mito e o que é verdade no assunto? Em entrevista, a especialista nos ajuda a esclarecer esses e outros pontos importantes.


Quais são os principais temores e dúvidas das pacientes sobre terapia hormonal? Há muitas crenças que carecem de comprovação científica?

Em geral, as pacientes questionam a necessidade da terapia hormonal. Uma crença é a de que a terapia hormonal engorda. Isso não acontece. Algumas podem até ter uma pequena retenção de líquido com o uso da terapia hormonal, mas ninguém ganha dez quilos tomando hormônio. As pessoas engordam porque estão envelhecendo, porque não fazem atividade física, comem muito. É isso que eu tento explicar às pacientes.

Dada a sua experiência, qual o grau de informação das mulheres sobre terapia hormonal?

Depende do nível de conhecimento da paciente. Acontece muito de elas verem que a vizinha está tomando determinada medicação e quererem tomar a mesma. Aí tem que explicar o que é melhor, porque há vários tipos de terapia hormonal. A cada um deles, a mulher responde de um jeito. Elas temem também a questão do sangramento. Quase 50% podem apresentar esse sintoma no início do procedimento. A gente precisa orientá-las a persistir no tratamento, porque esse sinal desaparece.

Quais os equívocos mais cometidos pelas mulheres no assunto? Quais seriam as causas?


Elas questionam mais o ganho de peso e o câncer de mama. Elas temem infarto também, e isso é algo que não acontece. Muitas associam os hormônios à pílula anticoncepcional. Se tiveram uma experiência ruim (com a pílula), acham que não vão se dar bem com a terapia de reposição. Nós tentamos orientá-las de que são hormônios completamente diferentes.

Quais os principais avanços que ocorreram na área de reposição hormonal?

Um dos principais avanços foi a publicação do estudo WHI (sigla em inglês para Iniciativa de Saúde da Mulher), que mostrou que a terapia hormonal protege a massa óssea, é efetiva no alívio dos sintomas do climatério e na preservação do trofismo urogenital, que é a lubrificação vaginal. Outros grandes avanços que ocorreram foram a descoberta de novos tipos de progestágenos usados na terapia, que têm menos efeitos colaterais, como retenção de líquido, mastalgia (dor na mama) e cefaleia (dor de cabeça). As doses de estrogênio também foram diminuindo. É cada vez menor a dose hormonal que utilizamos para o tratamento, mantendo o benefício e reduzindo efeitos colaterais.

Que tipo de recomendação é feito às pacientes que pretendem iniciar a terapia hormonal?

É importante passar por um ginecologista, e não ir tomando qualquer hormônio, sem exame prévio. Antes de iniciar o tratamento, ela precisa passar por uma série de exames, ver como está o perfil lipídico, a taxa de glicemia. Fazer mamografia é importantíssimo, assim como um ultrassom transvaginal. Depois, a gente introduz a terapia hormonal. Esses cuidados são muito importantes.

Quanto tempo, em média, dura uma terapia de reposição hormonal? Em quais casos demora mais para surtir efeito?

O tempo de uso varia de paciente para paciente. Depende de com quantos anos ela iniciou a terapia. Há mulheres que param de menstruar com 40, 42 anos, na chamada menopausa precoce. Essas vão usar por muitos anos. Normalmente, o tempo da terapia hormonal está relacionado ao sentir-se bem. Se os exames derem bons resultados, mantemos. Normalmente, elas fazem uso da terapia por um tempo, e, à medida que melhoram, param por conta própria.

Há alguma contraindicação que pode interferir no tratamento?

Após a mamografia, é verificado se há alguma coisa, ou uma lesão suspeita, ou um câncer de mama mesmo. E isso é uma contraindicação ao uso da terapia hormonal. Pacientes que têm doença cardiovascular também. Isso envolve mulheres que tiveram angina, trombose, infarto ou possuem doença coronariana.

Alimentos podem contribuir para um melhor resultado da terapia de reposição hormonal? Em caso afirmativo, quais são eles?

Não há nada específico para a terapia. Na verdade, seria a alimentação que todos nós deveríamos adotar: dieta pobre em gordura, rica em proteína, com pouca caloria. O que recomendamos nessa faixa etária (de mulheres na menopausa) é a dieta rica em cálcio, que é um tipo de proteção da massa óssea. Isso vai ajudar o uso do estrogênio a proteger a massa óssea. Uma dieta hipogordurosa (com pouca gordura) e rica em cálcio.

Qual a importância de exercícios físicos e bem-estar emocional durante o tratamento? Esses fatores podem influenciar positivamente na reposição?

Sempre orientamos a prática de atividade física. Porque sabemos que isso ajuda no controle do peso, na parte cardiovascular. Então, o que mais orientamos é a caminhada, pela praticidade. Mudar o estilo de vida, a atividade física, adotar uma dieta mais balanceada e parar de fumar são coisas que, independentemente do uso ou não da terapia hormonal, são importantes à mulher nesse processo de envelhecimento. É uma época difícil para ela, que pode desenvolver um quadro depressivo, com alterações de humor. Sabemos que é um período de vida em que elas têm uma labilidade (instabilidade) emocional maior.

Há outras recomendações específicas sobre o assunto?


A mulher precisa sair de casa ou conversar com outras pessoas na mesma situação. Isso também é importante. A terapia hormonal, para as mulheres sintomáticas na menopausa, vai ser um grande avanço sobre a qualidade de vida delas.

 

 

DESVENDANDO  OS MITOS DA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL

 

 

 

Você já deve ter ouvido por aí que tomar pílula anticoncepcional engorda, não é mesmo? Mas fique tranquila: isso não é verdade. É apenas um dos mitos que cercam a eficácia e também os efeitos colaterais do método contraceptivo desde o seu surgimento, na década de 1960. Algumas dúvidas até são fundamentadas, porque as primeiras pílulas disponíveis no mercado continham uma dosagem hormonal dez vezes maior do que as atuais.

 

Segundo o médico Rogério Bonassi, presidente da Comissão Nacional de Anticoncepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), ao contrário do que ocorria no passado, atualmente há uma grande diversidade de tipos de pílula que podem ser indicados após uma consulta detalhada da mulher com seu ginecologista, que a partir das características de cada paciente irá sugerir uma pílula com menor chance de causar efeitos colaterais para a usuária. Além disso, deve-se lembrar que como hoje em dia praticamente só se prescreve formulações de baixas doses hormonais, os efeitos colaterais, quando ocorrem, são leves e transitórios, ou seja, costumam melhorar ou desaparecer com o tempo de uso..

“O que ocorria com frequência, nas primeiras doses lançadas, é que elas ocasionavam mais retenção de líquido, enjôo, dores de cabeça. Essas pílulas lançadas nas décadas de 60 e 70 tinham praticamente 5 a 10 vezes maiores doses que as pílulas atuais. Assim, estes efeitos ocorrem com pouca frequência com as formulações atuais. Muitas mulheres, não sabem qual a composição de uma pílula. Todas as pílulas são compostas basicamente de etinil-estradiol e progestagênios, que simulam os hormônios estrogênio e progesterona que as mulheres produzem durante o ciclo menstrual”, afirma.

“Em algumas pacientes, o etinil-estradiol pode causar retenção de líquido até os dias de hoje, porém de maneira bastante leve. É importante a usuária saber que o efeito é transitório e depende também da quantidade de sódio (sal) contida na dieta. Outro ponto importante é não confundir retenção de líquido com ganho de peso. A tecnologia das pílulas avançou tanto que, inclusive, nos dias atuais há formulações especiais, que evitam a retenção de líquido. Foi lançado recentemente um composto contendo um progestagênio que simula um efeito diurético, o que reduz esses sintomas”, acrescenta o Dr. Bonassi.

Tão importante quanto conhecer os efeitos da pílula é tomar suas doses corretamente. Se ingerida conforme o indicado, possui 100% de eficácia. “Como muitas mulheres tomam errado, trabalhamos com um índice de falha que pode chegar a 8%. Mas isso ocorre porque muitas esquecem de tomar a dose corretamente”, avalia o presidente da Comissão Nacional de Anticoncepção da Febrasgo.

Outro mito em torno do medicamento, que faz com que muitas paciente parem o remédio por medo, é o de que há risco de infertilidade associado ao uso frequente ou prolongado do método. Após a suspensão do medicamento, a fertilidade retorna em um período de 30 a 90 dias na maioria das mulheres. A fertilidade dependerá, então, de outros fatores, principalmente da idade.

Outro mito que carece de fundamento científico é o de que a idade limita a indicação do método, principalmente no caso de mulheres com mais de 35 anos. Em geral, os médicos recomendam o uso de um método anticoncepcional até pelo menos os 50 anos, porque, mesmo que se considere que o risco de gravidez diminui muito nessa idade, ainda assim uma gestação pode ocorrer. Se a paciente não apresenta contraindicações, como tabagismo e doenças ou fatores de risco cardiovasculares, a pílula combinada pode ser usada nessa fase com segurança.

“No entanto, no Brasil, muitas mulheres acima dos 35 anos não fazem uso da pílula. Segundo pesquisas que fizemos, 30% delas já se submeteram à laqueadura (ou ligadura das tubas uterinas), 25% ingerem a pílula, 20% não usam qualquer método contraceptivo e o restante faz uso de outros métodos”, afirma o Dr. Bonassi. 

Fatores de risco

Mas é importante entender que há fatores de risco determinantes quanto ao uso do medicamento. Ainda de acordo com o especialista, por exemplo, “fumantes acima de 35 anos não podem ingerir a pílula porque o risco de infarto aumenta em até 20 vezes”.

“Mulheres que sofrem de enxaqueca com aura ou sintomas neurológicos (sensações de formigamento, ou perda de força em algum membro do corpo, ou visualização de pontos brilhantes ou escuros no seu campo visual antes da crise), quem sofre de hipertensão arterial grave e doenças cardiovasculares, quem já teve trombose nas pernas – que é um coágulo sanguíneo nas veias –,devem evitar a ingestão do remédio”, completa o presidente da Comissão Nacional de Anticoncepção da Febrasgo.

O avanço da medicina também ajudou a diminuir efeitos colaterais, como no caso do período em que a mulher tarda a engravidar após a suspensão da ingestão da pílula. “Em média, a mulher engravida de quatro a cinco meses após a interrupção do uso. No entanto, as primeiras pílulas, que continham dosagem hormonal muito elevada, causavam amenorreia – interrupção da menstruação – na mulher por até seis meses, por causa do efeito da supressão dos hormônios”, avalia o Dr. Bonassi.

“Em média, elas demoravam até um ano para poder engravidar. Essa realidade começou a mudar a partir de 1977, quando as doses das pílulas foram bem reduzidas”, completa.

Sexo e humor

Outro mito ainda passível de ser ouvido nas ruas é o de que as pílulas protegem contra doenças sexualmente transmissíveis. Essa relação não existe, e é fruto, geralmente, de alto grau de desinformação por parte da população. “O que protege é o comportamento no ato sexual”, como o uso de preservativos, classifica o especialista.

As pílulas comercializadas atualmente trazem inúmeros benefícios “Por exemplo, hoje em dia, existem opções no mercado que até tratam da TPM. E muitas mulheres, avessas à irritação durante este período, preferem passar meses sem menstruar, emendando a ingestão de uma cartela na outra. Não há problema em fazer isso”, acrescenta o Dr. Bonassi.

Quanto à interação com medicamentos, Dr Bonassi ressalta que alguns fármacos também podem interferir na eficácia da pílula.

“Anticonvulsivantes, alguns antibióticos, retrovirais (como os remédios para Aids) e alguns antidepressivos são responsáveis por isso. É importante ficar atenta, porque alguns antidepressivos são fitoterápicos e comumente vendidos sem prescrição médica. Um deles é a erva de São João. Por isso, é sempre bom consultar seu médico quando fizer a ingestão desses medicamentos”, conclui o especialista.